segunda-feira, 28 de julho de 2008
Da Série Pintura
"O eu partido"
Quando a força do gesto transforma e subverte as estruturas estabelecidas,a arte manifesta-se como um grito.Quando os nossos gritos libertan-se da imobilidade e ferem qual lâmina afiada os ouvidos da realidade,a arte reinvidica o gesto forte.Entre esses dois momentos de vida pulsante surge o artista e propõe um sentimento profundo e transformador como mágico elo de ligação entre nós e o mundo,entre o homem e a natureza. Transpirando vida e deixando correr por suas veias todo o sangue do mundo,o artista vive por vezes na explosão o paradoxal da síntese,da união.Ele se parte em mil pedaços,mas mantém-se uno,íntegro.Ele corta fundo,mas estanca a hemorragia.Ele aplaina a raiva e permite e permite a ternura.Ele registra o ódio,mas é a garantia do amor.
A grande cidade e todas as suas loucuras provocam a perplexidade em Tião Fonseca. Mas é nela que se encontram todos os símbolos da viagem já vivida;é nessa cidade-em-tela que o artista constrói o seu auto-retrato interior,se despedaça e se saqueia e fere forte com o gesto transformador e subversivo como um grito que não para no ar.
Iberê Cavalcanti
Rio, 17/08/87
sexta-feira, 18 de julho de 2008
Tião Fonseca é desses artistas de criatividade independente da natureza da matéria-prima, do veículo ou da linguagem. Cineasta, é visto nas telas ora como fotógrafo, ora como cenógrafo, figurinista, ator, roteirista, iluminador, assistente de câmera ou diretor. Nas artes plásticas maneja o pincel, o formão, o buril, o cinzel, o lápis, o pastel, o óleo, a aquarela e o possível. Dono de uma visão universal dos caminhos da transcendência, trilha pelas múltiplas hipóteses da sensibilidade: “Eu não quero ser moderno, eu quero ser eterno”, como Oswaldo, o de Andrade. Autodidata, ensina-nos, como Nietzsche, em cada obra, o eterno retorno às formas da vida: “ O que não me mata torna-me mais forte”.
Se o rei Midas transformava tudo, pelo toque, em ouro, Tião Fonseca elabora, em cada toque, a arte.
Jaceguay Lins - 1988
domingo, 13 de julho de 2008
quarta-feira, 9 de julho de 2008
segunda-feira, 7 de julho de 2008
Da série cenografia - Vila de São Pedro
Da série Cenografia - 5º Festival de Cinema de Maringá
5º Festival de Cinema de Maringá
(100 anos de Imigração Japonesa)
1º foto - O espaço antes de ser trabalhado
2º foto - O Artista trabalhando
3º foto - O espaço pronto - foto: Danilo Donato
4º foto - Exibição dos filmes - foto: Danilo Donato
5 foto - Letícia Sabatella com músicos que se apresentaram no festival - foto: Danilo Donato